Confiança da indústria do Estado volta a cair em maio

Icei-MG divulgado ontem pela Fiemg apresentou retração em maio

19 de maio de 2022 às 0h29

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Setor mantém uma percepção positiva sobre a situação atual | Crédito: Divulgação / Teksid

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) continua oscilando mês a mês e em maio voltou a cair, saindo de 57,5 pontos em abril para 56,6 pontos. Com o resultado, o indicador manteve-se pelo 22º mês consecutivo acima da linha de 50 pontos – que separa confiança da falta de confiança – e acima da média histórica para o mês de 52,7 pontos.

Na comparação com maio do ano passado, o índice foi 2,9 pontos menor, uma vez que naquela época chegou a 59,5 pontos. Já o Icei nacional caiu 0,3 ponto frente a abril (56,8 pontos), alcançando 56,5 pontos neste mês.

De acordo com a economista da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, as oscilações são fruto de um contexto de atividade econômica ainda fragilizada e de incertezas provocadas especialmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia e pelos surtos de Covid-19 na China.

“A influência para esse recuo veio da piora das expectativas para os próximos seis meses. Os empresários industriais permanecem otimistas, mas esse otimismo diminuiu. O cenário internacional tem contribuído fortemente para isso. São grandes as incertezas quanto aos próximos meses, de fato. A guerra já sabemos que cessará por enquanto, os novos lockdowns na China voltaram a prejudicar o abastecimento de insumos e matérias-primas e ainda há o período eleitoral que, influencia fortemente no mercado doméstico e terá início em alguns meses”, explicou.

O Icei é resultado da ponderação dos índices que medem a satisfação dos empresários com as condições atuais e as suas expectativas para os próximos seis meses.

Neste sentido, Daniela Muniz destacou que em relação às condições atuais houve relativa estabilidade entre abril (50,8 pontos) e maio (50,9 pontos). Pelo segundo mês seguido, o indicador mostrou uma percepção positiva dos empresários mineiros quanto à situação atual, ao continuar acima da linha dos 50 pontos. Já sobre maio de 2021, o índice diminuiu 1,1 ponto, chegando a 52 pontos.

Expectativas

O componente de expectativas caiu 1,4 ponto em maio (59,5 pontos) na comparação com abril (60,9 pontos). Mas, conforme a economista, apesar da queda, o indicador mostrou que os industriais continuam otimistas com relação aos seus negócios e às economias brasileira e mineira. O índice recuou 3,8 pontos ante maio de 2021 (63,3 pontos). “Eles continuam confiantes. As oscilações decorrem de tamanhas incertezas”, reforçou.

Especificamente sobre a economia brasileira, o índice chegou a 59,4 pontos na expectativa enquanto configurou em 48,4 pontos nas condições atuais. Já em relação a economia do Estado, os números foram de 59,3 pontos e 48,6 pontos, respectivamente.

Por fim, o levantamento sinalizou otimismo dos empresários industriais de todos os portes industriais com relação ao desempenho do próprio negócio nos seis meses seguintes.

Número de trabalhadores na construção fica estável

Brasília – O índice que avalia o número de empregados na indústria da construção civil permaneceu praticamente estável em abril, na comparação com março, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mês passado, o índice ficou em 50,7 pontos, ante os 50 pontos registrados em março. Os dados constam do boletim Sondagem Industrial da Construção.

Já o índice do nível de atividade ficou em 50,1 pontos, registrando recuo de 1,2 ponto com relação a março. Apesar da queda em relação a março, o desempenho da construção em abril permaneceu positivo.

Os índices avaliados pela CNI apresentam variação de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento do emprego, da produção, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade instalada acima do usual. Valores abaixo de 50 indicam que o nível de atividade está abaixo do usual. O valor próximo da linha divisória dos 50 pontos, que separa aumento de queda do nível de atividade, sinaliza estabilidade.

O índice não apresentava valor acima dos 50 pontos para o mês de abril desde 2012, quando registrou 50,6 pontos. A entidade disse, porém, que os resultados são os melhores para o mês de abril, desde 2012.

“O desempenho da construção em abril de 2022 foi positivo para o período quando comparado a anos recentes. O índice do nível de atividade ficou em 50,1 pontos em abril de 2022, registrando recuo de 1,2 ponto com relação a março. O valor próximo da linha divisória dos 50 pontos, que separa aumento de queda do nível de atividade, sinaliza estabilidade. O índice não apresentava valor acima dos 50 pontos para o mês de abril desde 2012, quando registrou 50,6 pontos”, disse a CNI.

Em abril, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção civil caiu 1 ponto percentual na comparação com março, de 68% para 67%.

Confiança

A CNI também divulgou o índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria de construção civil para o mês de maio. O indicador apresentou um aumento de 0,7 ponto, na comparação com abril, ficando em 56,2 pontos.

“Por estar acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, o índice indica que os empresários da construção estão confiantes. O resultado é o melhor para maio desde 2012, quando alcançou 60,9 pontos”, informou a confederação.

Porém, a percepção dos empresários em relação às condições correntes segue negativa em maio. O índice de Condições Atuais ficou em 48,6 pontos, aumento de 0,2 ponto frente o mês anterior. Assim, como destacado para o Icei, o resultado é o melhor para maio desde 2012.

Em maio, o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços mostrou uma pequena queda do otimismo, ao cair 0,5 ponto, para 56 pontos. Da mesma forma, o índice de expectativa do número de empregados também registrou recuo de 0,5 ponto, para 56,2 pontos. “Apesar disso, o indicador está acima de 50 pontos, o que aponta para expectativas positivas e de crescimento”, diz o boletim.

A expectativa do empresariado para os próximos meses segue estável. O índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade apresentou estabilidade, permanecendo em 58,1 pontos, enquanto o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas aumentou 0,3 ponto, para 57,4 pontos.

Para a elaboração do levantamento, a CNI ouviu 419 empresas, sendo 156 de pequeno porte, 175 de médio porte e 88 de grande porte, entre os dias 2 e 10 de maio. (ABr)

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