Desembolsos do BNB para Minas Gerais crescem 152%

22 de março de 2019 às 0h19

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Crédito: Divulgação

Os repasses feitos pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para municípios de Minas tiveram alta de 152% em 2018 no comparativo com 2017. De acordo com balanço divulgado ontem pelo banco, no ano passado, o total de contratações de crédito chegou a R$ 2,76 bilhões, enquanto no exercício anterior foi de R$ 1,09 bilhão.

Já o número de operações mostrou uma pequena retração de 1%, totalizando 243.588 em 2018, contra 246.242 em 2017. Para 2019, a previsão é de estabilidade na relação com o exercício anterior. Queda de juros e aumento da demanda estão entre os fatores responsáveis pelo resultado positivo.

No total, em 2018, o banco repassou R$ 43,6 bilhões para cidades do Nordeste brasileiro, Espírito Santo e Minas. As cidades mineiras – a instituição atua no Norte de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri – ficaram com cerca de 6,5% do total.

Presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim informa que a maior parte dos empréstimos destinados a Minas foram de longo prazo, sendo a principal modalidade o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que cresceu 257% na passagem de 2017 para 2018.

Isso ocorre, segundo ele, porque houve uma redução das taxas de juros de fundos constitucionais, levando a uma forte alta da demanda.

“Tínhamos uma demanda reprimida e, em 2018, com a queda da taxa de juros, cresceu a confiança diante das taxas menores de juros”, disse.

Operado com exclusividade pelo BNB e principal fonte de recursos da instituição, o FNE concentrou 83% dos valores destinados a cidades mineiras. Para Minas, em 2018, foram R$ 2,28 bilhões em 2018, alta de 257% em relação a 2017 (R$ 640,2 milhões). O número de operações foi de 52.956 em 2018 e de 54.747 em 2017, ou seja, apresentou retração de 3%.

Segundo Rolim, a queda no número de operações e alta nos valores mostra que o tíquete médio dos empréstimos aumentou. Isso pode ter ocorrido devido a alguma operação de maior vulto de clientes em áreas como energia solar.

O Pronaf, incluindo o Agroamigo, somou R$ 281,6 milhões com 50.679 operações em 2018. O valor é 8,5% superior a 2017, cujo total foi de R$ 259,1 milhões em 52.573 contratações.

Ainda segundo o balanço, o microcrédito mostrou elevação de 8,4%, passando de R$ 608,9 milhões em 2017 para R$ 659,9 milhões em 2018. Nesse caso, a quantidade de operações mostrou ligeira alta de 0,86%, passando de 231.193 para 233.213 em igual base comparativa.

Dentro do microcrédito, o Crediamigo (urbano) ficou com R$ 416,2 milhões, alta de 9% em relação a 2017 (R$ 382,2 milhões), beneficiando pequenos empreendedores, como os artesãos. O Agroamigo (rural) somou R$ 243,7 milhões em 2018, alta de 7,5% ante o exercício anterior, que fechou com R$ 226,7 milhões.

Já o total das contratações das micro e pequenas empresas foi de R$ 132,5 milhões em 2018, alta de 10% em relação a 2017, quando o valor foi de R$ 120,4 milhões. A quantidade de operações teve retração de 20%, sendo de 2.593 em 2017 e de 2.040 em 2018.

Rolim destaca que as aplicações para micro e pequenas empresas, microcrédito e agricultura familiar cumprem a missão institucional da empresa de ser o agente financeiro do pequeno empreendedor.

Lucro – O balanço patrimonial do Banco do Nordeste mostra que a instituição teve lucro líquido apurado em 2018 de R$ 725,5 milhões, com alta de 6,4% ante ao do exercício anterior, quando foram registrados R$ 681,7 milhões. O resultado operacional da instituição no ano foi de R$ 1,243 bilhão e indicou crescimento de 8,3% em relação a 2017.

Segundo a assessoria do banco, o aumento do lucro do BNB tem como principais fatores a redução de 15% nas despesas com aprovisionamentos para créditos de liquidação duvidosa, inclusive as decorrentes de coobrigação com o FNE, e o crescimento de 9,4% das receitas de prestação de serviços, o que representa elevação de R$ 212,3 milhões em relação ao exercício anterior.

O patrimônio líquido do Banco do Nordeste chegou a R$ 4,182 bilhões no final de 2018. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio da instituição foi de 19% ao ano.

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