Indústria da panificação cresce 7% em Minas Gerais

Diversificação do mix de produtos e até mesmo o Carnaval de Belo Horizonte ajudaram a impulsionar os resultados

29 de março de 2024 às 7h30

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Redução nos custos de alguns insumos do setor de panificação vem contribuindo para resultados positivos, segundo a Amipão | Crédito: Alessandro Carvalho / Arquivo Diário do Comércio

A indústria da panificação de Minas Gerais encerrou o primeiro trimestre de 2024 com resultados positivos. Entre janeiro e março, estima-se que as vendas do setor cresceram 7% e as expectativas são positivas. Fatores como a persistência dos empresários, diversificação de produtos e o Carnaval foram importantes para os resultados positivos.

De acordo com o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas, empresários do setor que investem na diversificação de produtos conseguem registrar bons resultados.  

“O setor vai muito bem. Os empresários que de alguma forma fizeram a operação de fabricar conseguiram vender mais. Quem tem domínio, quem é oriundo da atividade, que eu diria que já foi padeiro, consegue ir para a indústria e obter resultados positivos”.

Ainda conforme Dantas, a realização do Carnaval também foi um fator que estimulou a demanda do setor. Já a Páscoa não impacta muito o desempenho. Ele explica que os produtos para a festividade, hoje, estão mais concentrados nas confeitarias e, devido às altas temperaturas, os produtos típicos, como os ovos de Páscoa, não são muito viáveis para o setor. 

A estimativa é que ao longo dos primeiros três meses do ano as vendas do setor de panificação tenham crescido cerca de 7% frente igual período do ano passado. 

“Além dos esforços dos empresários em manter os negócios, o Carnaval foi um evento que ajudou bastante. Além de atrair pessoas de fora, ele fixou as pessoas na cidade durante o feriado. Seguramente, nosso crescimento ficou em torno de 7% neste primeiro trimestre. O que é muito bom”.

Expectativas são positivas para indústria da panificação

Segundo Dantas, as expectativas são positivas para os próximos meses. Principalmente com a aproximação do Dia da Mães, que juntamente com o Natal, são as melhores datas para a indústria da panificação. Além disso, o período frio também é importante para o setor, já que há um aumento do consumo. 

“Acredito que o Dia das Mães será uma data muito positiva. É o dia em que as pessoas saem para tomar café na padaria, que compram um pão especial. Vendemos mais tortas, pudins e doces para sobremesas. Agora também teremos temperaturas mais amenas e isso ajuda muito a panificação. O consumo cresce porque as pessoas comem mais no outono e inverno pelas temperaturas mais baixas”.    

Este ano, outro fator que vem favorecendo os negócios é a queda dos custos, principalmente, devido à redução dos preços das commodities. A redução foi importante para amenizar o impacto do encarecimento da mão de obra. 

“O que nos ajudou foi a queda dos preços das commodities, assim, conseguimos equilibrar as contas e manter a mão de obra mais qualificada. Caiu o preço da farinha e subiu o valor da folha de pagamento. Mantemos o equilíbrio, mas não houve ganho”.

Entre os desafios enfrentados, a falta de mão de obra e a carga tributária brasileira são os mais impactantes.

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