Lucro líquido da Usiminas chega a R$ 1,2 bilhão no 1º trimestre

24 de abril de 2021 às 0h30

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As vendas de aço da Usiminas avançaram 20% de janeiro a março, com um total de 1,25 milhão de toneladas | Crédito: REUTERS/Alexandre Mota

O lucro líquido da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) chegou a R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre, ante prejuízo de R$  424 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pela forte demanda de aço no País, que levou ao aumento dos preços. Em relação ao último trimestre de 2020, quando o lucro havia sido de R$ 1,913 bilhão, houve queda de 37%.

O volume de vendas de aço da Usiminas aumentou 20% sobre o mesmo período do ano passado, para 1,25 milhão de toneladas, o maior volume registrado desde o segundo trimestre de 2015. Já a comercialização de minério de ferro caiu 12% na mesma base de comparação, para 1,94 milhão de toneladas. Com isso, a receita líquida aumentou 86%, para R$ 7,1 bilhões, recorde trimestral.

Dessa maneira, o Ebitda (lucro líquido antes do Imposto de Renda, contribuição social, despesas financeiras líquidas, despesas de depreciação e amortização) Ajustado Consolidado da produtora de aços planos nos primeiros três meses deste ano foi de R$ 2,4 bilhões, o maior dos anos 2000. Já a Margem Ebitda Ajustado no primeiro trimestre de 2021 ficou em 34,2%.

O presidente da Usiminas, Sergio Leite, destacou que mesmo com o cenário ainda bastante desafiador, com todos os impactos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19 que ainda persistem, a empresa conseguiu manter os resultados numa curva ascendente. “Encerramos o primeiro trimestre com a produção em alta e vários recordes em diferentes áreas de negócio. Aumentamos nossa produção de aço bruto em Ipatinga e de laminados tanto na Usina de Ipatinga quanto na de Cubatão, reflexo dos nossos esforços para o atendimento da demanda interna“, citou.

Tamanho o aquecimento do mercado doméstico que, segundo Leite, a participação das vendas nacionais da Usiminas aumentou neste primeiro trimestre. Tradicionalmente, a siderúrgica destina cerca de 80% da produção para o mercado nacional e 20% para o exterior. Nos últimos três meses o volume de vendas se dividiu entre 93% para o mercado brasileiro e 7% para o internacional.

A economia brasileira está indo bem e o consumo de aço está crescendo significativamente. O aquecimento do mercado interno a partir do segundo semestre do ano passado está sendo mantido e essa fatia que sempre foi prioridade para a Usiminas, neste período de forte retomada, segue sendo ainda mais”, ressaltou.

E, embora não faça projeções, por liderar uma empresa de capital aberto, o presidente disse que as expectativas para o restante do exercício são positivas, dada a própria previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro superior a 3%. “Crescimento econômico e consumo de aço andam juntos e a estimativa do Instituto Aço Brasil também caminha neste sentido, prevendo aumento do consumo de aço em 6%, mas como no primeiro trimestre o avanço foi bem superior, é possível que esse número seja revisto”, revelou.

Investimentos

No que diz respeito aos investimentos, a companhia encerrou o primeiro trimestre com um Capex de R$ 239 milhões (R$ 245 milhões no 4T20), aplicados, principalmente, em ações de manutenção, saúde, segurança e meio ambiente.

Vale dizer que no início do ano a Usiminas anunciou uma nova previsão de investimentos para 2021, com recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão, que devem ser destinados para iniciativas como a reforma do alto-forno 3 da Usina de Ipatinga, no Vale do Aço, e para a conclusão do projeto de empilhamento a seco na Mineração Usiminas.

“Do total, R$ 600 milhões serão aplicados nos preparativos para a reforma do alto-forno, que está prevista para meados de 2022. O projeto todo está orçado em R$ 1,8 bilhão e neste ano serão adquiridos equipamentos e insumos para a parada efetiva que levará 110 dias”, disse o executivo em fevereiro.

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