Gestão financeira do auxílio emergencial

5 de novembro de 2020 às 0h12

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Crédito: Marcelo Camargo / ABr

Dora Ramos*

Desde setembro, o auxílio emergencial que chegou a atender 60% da população, ou seja, mais de 126 milhões de pessoas, foi cortado pela metade. Agora, com valor de R$ 300, as parcelas foram estendidas até dezembro, mas nem todos estão aptos a recebê-las, de acordo com governo federal.

Entre os que não serão contemplados estão pessoas que conseguiram um emprego formal após receber as primeiras parcelas; estão morando no exterior; menores de 18 anos – exceto mães adolescentes; dependentes de quem declarou Imposto de Renda e tenham recebido mais de R$ 28.559,70 ano passado em rendimentos tributáveis. E também não serão possíveis novas inscrições, ou seja, só receberão este valor aqueles que já foram beneficiados com o auxílio de R$ 600, cujas inscrições se encerraram em 2 de julho.

Porém, em contrapartida à diminuição do auxílio, vemos um grande aumento nos preços de produtos que são básicos do dia a dia do brasileiro como arroz, feijão, óleo, carnes, legumes e itens de higiene básica, sem contar as contas que não param de chegar, como luz e água. Frente a esse cenário, como administrar o auxílio, uma vez que, muitas pessoas perderam seus empregos e não possuem outra renda? Como gerenciar tão pouco, com tantos gastos essenciais?

Ainda mais com o anúncio da diminuição do auxílio vindo tempos após a divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o recorde de queda da economia brasileira, na qual o PIB brasileiro sofreu uma queda de 9,7% e o número de desempregados só faz aumentar.

É cada vez mais complicado tentar sobreviver em meio a esta pandemia, uma vez que os gastos aumentaram, mas o dinheiro não. No entanto, é necessário tentar equilibrar ao máximo as finanças de acordo com a renda mensal. Em casos de contas de luz e água, procure saber se a companhia de energia e de água da sua cidade aderiu ao Tarifa Social, que visa dar descontos à população com baixa renda. Organizar as contas em um caderno, também se faz essencial para administrar a renda perante os gastos, além disso, negociar as dívidas que puder neste período também é muito importante, afinal, ninguém quer perder um cliente ou um inquilino, não é mesmo? Por isso, converse e tente negociar o que puder.

Se possível, na hora das compras de casa, pesquisar a diferença dos valores dos produtos em diferentes estabelecimentos. De um mercado a outro, pequenos valores podem fazer a diferença no final.  É importante também fazer uma lista de compras antes de sair de casa, para adquirir somente o necessário. O momento não está dos melhores, e cada vez é mais difícil sobreviver com tão pouco, mas planejamento é essencial para conseguir dar conta das necessidades deste momento, a crise é temporária (assim esperamos), mas demanda uma atenção especial e necessária sempre. Cuide de sua saúde financeira porque ela certamente vai colaborar com sua saúde mental no futuro próximo.

*Consultora contábil, Empreendedora e CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial [email protected]

 

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