Indústria de fundição tem avanço de 30% em Minas

20 de novembro de 2021 às 0h30

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Após enfrentar a falta de insumos em 2020, a indústria de fundição registra crescimento com a demanda em alta | Crédito: Divulgação

A indústria de fundição de Minas Gerais registra alta de 30% no acumulado de janeiro a novembro deste ano. Os dados são do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg). Por causa da pandemia da Covid-19, o setor chegou a sofrer com a falta de insumos, mas conseguiu dar os primeiros passos de recuperação ainda no ano passado.

 “Antes da pandemia, o setor automotivo, por exemplo, comprava 58% da nossa produção. Atualmente, são 47%, ou seja, perdemos 10% dessa compra. Porém, nós ganhamos muito mais em outros setores da indústria, que alavancaram a nossa produção, como a indústria do agronegócio, da mineração e outros setores”, explicou o presidente do Sifumg, Afonso Gonzaga.

Para se ter uma ideia do tamanho da produção, no ano passado, o setor de fundição fechou o ano com um volume fabricado de 540 mil toneladas. Neste ano, a expectativa do setor é fechar a produção em 700 mil toneladas.  “No Brasil devemos ultrapassar os 2,5 milhões de toneladas de fundição”, completou Gonzaga.

Conforme dados do Sifumg, no ano passado, apesar da crise pandêmica, o setor da fundição conseguiu criar 19 mil empregos diretos em Minas Gerais. Neste ano, com a expansão, já foram contratadas 25 mil pessoas. “Agora, estamos com dificuldade de mão de obra para o setor”, completou Gonzaga.

Gonzaga acredita que o crescimento será ainda maior. Um dos motivos está ligado à compra de equipamentos por outros setores industriais, obras devido ao marco regulatório do saneamento básico.

Segundo o presidente do Sifumg, há planejamento para grandes obras no Brasil e em Minas Gerais. Com isso, a demanda da indústria terá aumento significativo.

“De acordo com o Marco Regulatório do Saneamento Básico do Brasil, há 60% de obras a serem efetuadas no País. Além disso, existem outras de infraestrutura, setor de ferrovias, que antes compravam, em média, de 5% a 7% do nosso material e hoje passaram a adquirir 15% da nossa produção. Outro ponto é a demanda da siderurgia, mineração e o mix de produção para a indústria do agronegócio e vários outros mercados que estavam com a demanda reprimida”, salienta Afonso Gonzaga.

O presidente do Sifumg ressalta ainda que, apesar da crise econômica do País, os empresários do setor conseguiram adaptar a gestão dos negócios, investir em tecnologia e oferecer garantias internas e externas para as demandas das indústrias consumidoras e para as que fornecem matéria-prima. 

Produtividade

Afonso Gonzaga, que também é presidente da Associação Brasileira de Fundição (Abifa), estima que o setor terá um crescimento contínuo da produção até 2023, ano em que a produção pode alcançar 3,2 milhões de toneladas. Ainda assim a produção ficaria abaixo do melhor momento dos últimos 13 anos, que foi de 3,3 milhões de toneladas em 2008.

Dados da Abifa apontam que o pior período do setor foi o de 2016, com a produção de 2,1 milhões de toneladas, equivalente a 52% da capacidade instalada. 

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