Leilão de transmissão prevê aportes de R$ 3,5 bilhões em Minas Gerais

Com o certame, Estado já acumula R$ 12,5 bilhões em aportes voltados para a construção de linhas e subestações em território mineiro

28 de março de 2024 às 16h46
Atualizada em 28 de março de 2024 às 22h06

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Crédito: REUTERS/Rafael Marchante

A FIP Development Fund Warehouse, fundo de investimentos do BTG Pactual, arrematou o lote 6 do Leilão de Transmissão nº1/2024, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta quinta-feira (28), na sede da B3, em São Paulo. Já o Consórcio Olympus XVII, formado pela Alupar Investimentos S.A. e Infra II Investment S.A, arrematou o lote 15. Os dois lotes contemplam linhas e subestações localizadas em Minas Gerais e Bahia. Juntos, têm previsão de investimentos de R$ 4,7 bilhões, sendo R$ 3,5 bilhões somente em obras no Estado.

O fundo Warehouse foi um dos grandes vencedores do certame ao arrematar o lote 6, o de maior investimento do leilão de transmissão: R$ 3,4 bilhões. A oferta apresentada foi de R$ 284,3 milhões, um deságio de 49,60% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) prevista pela Aneel de R$ 564,2 milhões.

Estabelecida pela Aneel, a RAP é a receita que o vencedor do lote arrematado no leilão terá direito pela prestação do serviço de transmissão, a partir da entrada em operação comercial das instalações.

O lote 15 foi arrematado por R$ 154,4 milhões, com um deságio de 33,50% em relação à RAP prevista de R$ 232,1 milhões. O investimento do Consórcio Olympus XVII é estimado em R$ 1,39 bilhão.

As concessões têm duração de 30 anos contados a partir da assinatura dos contratos, prevista para o final de junho. A previsão de conclusão das obras e começo da operação comercial dos empreendimentos é em até cinco anos e meio (2030).

Exclusivamente Minas, serão, ao todo, 1.096 quilômetros (km) de novas linhas de transmissão de 500 quilovolts (kV) e uma nova subestação. As construções previstas nos dois lotes devem gerar mais de 8,7 mil empregos nos dois estados.

Maior leilão da história da Aneel

Em termos financeiros, este foi o segundo maior certame da história da Aneel, com previsão de R$ 18,2 bilhões em investimentos nos seus 15 lotes. Está atrás apenas do Leilão de Transmissão nº 2/2023, com aportes estimados em R$ 19,7 bilhões.

O deságio médio do leilão atual foi de 40,62% em relação à Receita Anual Permitida. Estabelecida pela agência, a RAP é a receita que o vencedor do lote arrematado no leilão terá direito pela prestação do serviço de transmissão, a partir da entrada em operação comercial das instalações.

Este leilão de transmissão foi o terceiro desde 2023 e completa o cronograma de grandes obras de infraestrutura e interligações, principalmente nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais e do Brasil. Os investimentos deste certame somam-se a outros R$ 9 bilhões anunciados no primeiro leilão no Estado, em junho do ano passado, e totalizam R$ 12,5 bilhões em aportes exclusivamente em território mineiro.

Obras do leilão de transmissão em Minas Gerais

O projeto do lote 6 compreende a construção de 951 km em linhões de Jussiape (BA) a São João do Paraíso, de São João do Paraíso a Capelinha e Capelinha a Itabira. Além das linhas de transmissão, conta com duas subestações, uma na Bahia e outra em Minas Gerais, na cidade de São João do Paraíso. O prazo para conclusão das obras é de 66 meses.

Já o lote 15 tem obras exclusivamente em Minas Gerais. Serão construídos 509 km em duas linhas de transmissão de 500 kV, de São João do Paraíso a Padre Paraíso, e de Padre Paraíso a Mutum. A conclusão desses linhões também está prevista para 66 meses.

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