Livro “Missão 82, 40 anos de Sarriá” resgata a vida do jornalista Rogério Perez

Quem reuniu os registros e buscou nas memórias de infância os sentimentos e os “causos” contados pelo pai foram os filhos dele: Leonardo, Bruno e Gustavo Perez

10 de dezembro de 2022 às 0h26

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Colaborador do DIÁRIO DO COMÉRCIO no final da década de 1980 como editor, o jornalista Rogério Perez era um amante do futebol e viveu uma grande aventura para cobrir a Copa do Mundo realizada na Espanha, em 1982. Aquela que ficou marcada pela derrota para a Itália comandada por Paolo Rossi foi, para o repórter, a mais emocionante das sete em que trabalhou a partir de 1978, na Argentina.

Os bastidores da história em uma época que não existia internet e que a forma mais rápida de enviar um texto era via telégrafo, pode ser tão ou mais saborosa que a própria cobertura. Quem juntou os registros e buscou nas memórias de infância os sentimentos e os “causos” contados pelo pai foram os filhos de Rogério Perez: Leonardo, Bruno e Gustavo Perez, fazendo nascer o livro “Missão 82, 40 anos de Sarriá”.

As vivências do jornalista belo-horizontino, que representava um importante jornal impresso da capital mineira, e sua luta para obter sua credencial e conseguir fazer um memorável trabalho ganhador de prêmios, são escritas sob o olhar de seu fiel escudeiro, Augusto Pereira, em uma mistura de verdade e de ficção em um “Diário Clandestino da Copa”. Rogério Perez morreu em setembro de 2022, aos 79 anos.

“A nossa ideia foi transformar a saudade em boas lembranças. Ele participou de sete copas e foi essa a que mais repercutiu. O Rogério foi para a Europa sem credencial e sozinho. Não existiam as facilidades de hoje, as fotos eram de agências internacionais. Até ele conseguir a credencial, tinha que passar o material pelos correios porque não tinha acesso à sala de imprensa. Ele recebeu o prêmio Unibanco pela melhor cobertura na época”, relembra Leonardo.

Naquela copa, Minas Gerais destacou-se em campo com o treinador Telê Santana, que havia sido campeão brasileiro com o Atlético em 1971, e os jogadores Éder, Luizinho e Cerezo, igualmente atleticanos.

Mas o trabalho começou antes mesmo da viagem, na cobertura dos treinos pré-Copa que foram realizados no centro de treinamento do Cruzeiro, a Toca da Raposa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

“Queremos manter a lembrança de um jornalismo raiz. Era tudo menos protegido, o repórter ficava cara a cara com as fontes. De toda essa história fica para nós a lição de que mesmo no banco de reservas, a gente tem sempre que dar o melhor de si. O Rogério fez isso, mesmo sem a credencial, buscou a informação e repassou da melhor forma, recompensando o investimento da empresa e seus leitores. Além do caderno de esportes ele também escrevia para o caderno de turismo sobre as cidades espanholas”, afirma o coautor.

O lançamento da obra está previsto para o início ano que vem, mas quem estiver muito curioso pode antecipar a compra. As primeiras unidades impressas estarão disponíveis no final deste mês. Uma pré-venda vai acontecer pelo WhatsApp (31) 98309-3117.

O livro também pode ser adquirido também pelo link.

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