Minas Gerais registra saldo positivo de empregos em outubro

1 de dezembro de 2021 às 0h29

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Foto: Valdecir Galor/SMCS

Minas Gerais manteve a posição positiva na geração de vagas de empregos e abriu em outubro 21.327 vagas. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, ao todo, foram 185.362 admissões e 164.035 demissões no último mês no Estado. O setor de Serviços e Comércio foi o de melhor desempenho para o mês, enquanto o de Agropecuária foi o único setor com saldo negativo.

Com o resultado, o saldo entre janeiro e outubro de 2021 atingiu 300,6 mil vagas. No período foram 1,84 milhão de admissões e 1,54 milhão de demissões. No ano passado, o saldo entre janeiro e outubro ficou negativo em 18 mil vagas. Para se ter uma ideia, nos primeiros dez meses de 2020, foram 1,338 milhão de admissões e 1,356 milhão de demissões. 

Em âmbito nacional, o saldo do mercado de trabalho foi de 1,76 milhão de admissões e de 1,507 milhão de desligamentos, com saldo total de 253.083 postos de trabalho. 

A diretora de monitoramento e articulação de oportunidade de trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Amanda Siqueira Carvalho, avalia que os resultados do Caged demonstram que o Estado mantém um desempenho sustentado do mercado de trabalho formal. 

“O número de admissões tem sido superior ao de desligamentos desde o início do ano. A ampliação da vacinação no Estado tem possibilitado a redução das restrições ligadas à mobilidade e a continuidade cada vez maior das atividades de produção e consumo, o que implica no crescimento econômico”, pontuou.

Amanda Carvalho explicou que os investimentos em Minas Gerais também ajudam a alavancar as vagas de emprego. “O Estado tem conseguido atrair desde o mês de janeiro um grande volume de novos investimentos, o que implica num ótimo resultado para a geração de empregos diretos e indiretos para os próximos anos”.

Para o ano que vem, a Sedese acredita que as vagas de emprego devem continuar positivas e ainda maiores. “Mesmo ainda no período de pandemia, a expectativa é de continuidade na atração de mais investimentos para o Estado, o que gera abertura de vagas de emprego e aumento do poder de consumo da população, atraindo a atenção de empresas de setores produtivos no Estado”.

O assistente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Walter Horta, destaca os dados dos setores que mais empregaram em Minas: Serviços (13,2 mil vagas) e Comércio (5,4 mil vagas). 

“Precisamos ter em mente dois pontos: o primeiro deles é que Serviços e Comércio foram os mais afetados pela pandemia da Covid-19. Então, é natural que, a partir da reabertura da economia, a retomada do emprego nesses setores seja mais forte. Adicionalmente, o Comércio, agora no fim de ano, tem o movimento de contratações temporárias para o Natal, que contribui com o resultado”, reforça.

Horta avalia que na Indústria a geração de vagas foi mais concentrada no ano passado, se comparado ao Comércio e Serviços neste ano. “A demanda aquecida no mercado de bens, dado que as pessoas deixaram de consumir serviços e passaram a demandar mais itens para o lar, eletrônicos, etc. Isso impulsionou a atividade industrial e consequentemente a geração de vagas”, informou.

O economista reforçou ainda que, em relação à importância dos números de abertura de vagas para o Estado, a geração de empregos se traduz em geração de renda e, com ela, o consumo, impulsionando as vendas no comércio.

O mesmo pensamento é compartilhado pelo economista Paulo Casaca, da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas). “Apesar da metodologia de pesquisa do Caged ter mudado e não ser possível comparar o acumulado deste ano com o mesmo período do ano passado, devido a essa mudança de cálculo, percebemos que houve sim uma melhora na empregabilidade em alguns setores, principalmente no Comércio e Serviços, que foram setores que mais sofreram e demitiram no período crítico da pandemia”, explicou.

O economista avalia que, por outro lado, a Indústria teve bons resultados no ano passado, pois precisou manter o abastecimento de produtos básicos. “Além disso, a indústria teve que manter a entrega de insumos para outras fábricas, o que também gerou novas vagas de emprego. O que ocorre agora é que, neste ano, está havendo uma pequena desaceleração, ou seja, voltando à normalidade”.

Outra questão pontuada por Paulo Casaca é que, com a restrição de circulação nas cidades, o comércio acabou migrando para o e-commerce, o que gerou várias perdas de vagas de trabalho e também de vendas. “Isso acabou desestimulando muito o comércio varejista e também as contratações. No setor de serviços como hotelaria, academias, bares e restaurantes, o impacto foi muito maior”, complementa.

O economista também pontuou que situações como inflação, desvalorização cambial, aumento do combustível também prejudicam a geração de vagas de trabalho, pois o empregador sente os efeitos da incerteza econômica e evita contratar novos empregados.

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