A felicidade determina seus resultados

A felicidade é um tema que, cada vez mais, tem sido inserido e discutido tanto no âmbito pessoal, quanto dentro das organizações. Em um anúncio de produto ou serviço, por exemplo, esse sentimento, quase sempre, está atrelado, pois atrai a atenção, une pessoas e deixa a vida mais leve. Então eu pergunto: você se considera uma pessoa feliz e realizada com suas escolhas? Ou, a cada manhã, é um sofrimento para se levantar da cama e encarar a realidade que o aguarda? A resposta para essas questões pode ser determinante para os resultados em todas as esferas de sua vida.

Profissionalmente, a felicidade no trabalho é extremamente importante, e as empresas estão atentas a isso. Ela, inclusive, já ganha fórum para discussões em comitês estratégicos e conselhos de administração, pois afeta diretamente o clima organizacional e a retenção dos melhores talentos. Consequentemente, está relacionado ao desempenho da corporação. Diante disso, as áreas de Recursos Humanos buscam, permanentemente, se aprofundar no assunto e criar formas e caminhos para assegurar ambientes propícios a essa tão falada satisfação.

Afinal, se você não está feliz onde atua, no mínimo, seu dia será aterrorizante. Permanecer em um lugar por, pelo menos, oito horas diárias, que não ofereça qualquer prazer, é um tanto quanto complexo. Por outro lado, o conhecido guru da felicidade, Tal Ben-Sharar, que dá as aulas mais concorridas da Universidade de Harvard, afirma que “equipes com emoções positivas e bem-estar psicológico” garantem resultados até seis vezes maiores. Já estudos do Instituto Gallup revelam que colaboradores engajados e com alto nível de satisfação perdem 70% menos dias trabalhados, ao longo de um ano, e são mais propensos a não faltar por problema de saúde. Ainda são 45% mais predispostos a exibir um alto nível de adaptação a mudanças, algo fundamental e muito requerido pelas empresas.

Além disso, quando falamos em felicidade, envolvemos outro relevante tema: a motivação. Evidentemente, as organizações mais estratégicas investem muito dinheiro para manter seus melhores talentos estimulados, uma vez que é sabido que profissionais desmotivados apresentam menos produtividade ou podem ser assediados e contratados pelo concorrente. Outras pesquisas apontam que, habitualmente, colaboradores motivados são os que mais “vestem a camisa da empresa” e buscam caminhos alternativos, novas cooperações e formas criativas de fazer negócios, afetando, positivamente, a rentabilidade da companhia.

Mas e você? Como está sua motivação? Diariamente vivenciamos situações diferentes na vida. É preciso foco, resiliência, criatividade e paciência para obter, com o tempo, os resultados almejados. E a motivação impacta em tudo isso, pois tem reflexos na felicidade e naquele “brilho nos olhos”. Dessa forma, esse ânimo está diretamente atrelado ao engajamento e ao quanto de esforço é canalizado para alcançá-lo. Ou seja, assim como a organização tem responsabilidade nesse impulso, o indivíduo também precisa procurar os próprios incentivos, pois é assim que assumirá o tão falado protagonismo.

Nesse sentido, vale ressaltar que é possível, sim, ter entusiasmo e alegria no que se faz, mas é necessário entender que felicidade não é trabalhar pouco. Envolve ser desafiado, enfrentar problemas, se expor a diversas situações que trarão maturidade emocional e profissional. Eu percebo que ainda existe uma visão distorcida no mercado de trabalho sobre isso. Assim, é essencial estar atento a essas pequenas nuances. Até porque, na verdade, esse conceito pode assumir diferentes significados para cada pessoa. Para uns, felicidade é fazer o que se gosta. Para outros, é receber um bom salário, por exemplo.

Portanto, a dica para os líderes nas corporações é: lembre-se de que, quando um profissional está motivado e tem clareza do seu caminho dentro da organização, com metas factíveis para cumprir, dificilmente aceitará participar de processos seletivos, ao ser abordado por outras empresas. Isso porque sentirá que está muito bem onde atua. Porém esse aspecto envolve muito além de apenas cuidar do bem-estar físico e psicológico dos funcionários. Requer um modelo de desenvolvimento do negócio, sustentado pelo equilíbrio entre lucro, ética e valores.

Já minha sugestão para o profissional é que dê sempre o melhor de si em qualquer trabalho que exerça. Comprometer-se com suas metas é primordial. Também aja de forma positiva, pois isso dá mais leveza ao ambiente corporativo e à vida pessoal. Faça aquilo que lhe dá prazer, mas sabendo que, nem sempre, é possível realizar tudo o que queremos ou quando gostaríamos. Essas atitudes contribuirão para mantê-lo motivado, o que é essencial para quem quer se destacar no mercado de trabalho.