PIB MG cresce 1,8% no 2º tri do ano, aponta Fundação João Pinheiro

17 de setembro de 2021 às 12h17

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Crédito: Antonio Pinheiro/Fotos Públicas

A Fundação João Pinheiro (FJP) divulgou, nesta sexta-feira (17), os resultados do índice de volume do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais referentes ao 2º trimestre de 2021. O indicador, que é utilizado como termômetro da economia e é dado pela soma de todos os bens e serviços produzidos no período avaliado, apresentou, em Minas Gerais, crescimento de 1,8% em comparação ao 1º trimestre do ano, quando o PIB mineiro registrou alta de 0,4%. 

O desempenho é resultado de movimentações financeiras estimadas em R$ 206,1 bilhões e, conforme balanço da FJP, o valor é composto pelo Valor Adicionado Bruto (VAB), caracterizado pela parcela de contribuição dos diferentes setores da economia, que foi calculado em R$ 183,6 milhões, e outros R$ 22,5 bilhões referentes aos impostos indiretos líquidos de subsídios — aqueles que incidem sobre o consumo, mas em que há o desconto dos subsídios. 

Em relação a todo o semestre, o pesquisador da FJP, Raimundo Leal, lembrou que no comparativo com 2020 os primeiros seis meses de 2021 foram fechados com o “crescimento expressivo” de 33,4%. “A gente pode decompor esse resultado em duas partes iniciais: o primeiro é que a quantidade de bens e serviços produzidos aumentou. Em segundo lugar, o que explica é que os preços também aumentaram. Mas se a gente consolidar o primeiro semestre de 2021, comparado com 2020, nós temos crescimento real de 7,4%, indicativo do quanto a economia de Minas já cresceu no acumulado do ano”, explicou Leal. 

Ainda no que diz respeito aos comparativos mineiro e brasileiro, vale ressaltar que diferentemente do que ocorreu no 1º trimestre de 2021, quando o PIB do país cresceu 1,2% e Minas Gerais apenas 0,4%, no último trimestre (abril a junho) o movimento foi inverso: enquanto o Estado teve alta de 1,2% no PIB, o Brasil registrou retração de 0,1% na soma da produção interna, sendo que o PIB mineiro representou 9,6% do nacional. 

Desempenhos do PIB entre setores

O setor de serviços figura como o mais representativo do PIB mineiro, responsável por um terço do indicador do Estado. No 2º trimestre de 2021, as riquezas produzidas no setor movimentaram R$ 101,9 bilhões, impulsionados, principalmente, pelo transporte rodoviário de cargas provenientes da indústria da transformação e da prestação de serviços, como o de consultoria, a outras empresas. 

O aumento da vacinação também surtiu efeitos para o comércio, que registrou alta de 0,5% no resultado com a venda de livros, jornais e revistas, além de itens de vestuário, calçados e tecidos. “O PIB do 2º trimestre já destaca a primeira contribuição do avanço da vacinação. Apesar da segunda onda que tivemos da pandemia, esse avanço permitiu que o segmento de serviços iniciasse a sua recuperação. Essa recuperação ainda não se completou, a gente ainda não retornou ao período pré-pandemia, mas o horizonte é favorável para o 2º semestre deste ano”, analisa Leal. 

O resultado do PIB teve contribuição positiva da indústria, favorecido diretamente pelo aumento dos preços dos bens de consumo, conforme supracitado. No total, o setor da indústria contribuiu com 29,8% do PIB mineiro, com valores estimados em R$ 54,7 bilhões e registrou, no VAB, alta de 4,6% no comparativo ao trimestre anterior .

a agropecuária foi responsável pela geração de R$ 27 bilhões, contribuição de 14,7% no PIB do Estado. No entanto, o setor apresentou retração de 3,2% no VAB, enquanto o cenário brasileiro teve queda menor, estimada em 2,8%, o que pode ser explicado pela baixa na colheita do café, processo natural e que diz respeito à bianualidade do grão, que oferece mais fruto após o primeiro ano do plantio e tem a produção menor no segundo ano (caso de 2021).

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