IPCA cai 1,25% na RMBH em agosto, a segunda deflação seguida

Com a gasolina registrando mais baixa nas bombas, o indicador de agosto apontou recuo de 1,25% nos preços na região

10 de setembro de 2022 às 0h29

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A retração de 13,19% no preço da gasolina em agosto contribuiu para derrubar a inflação na RMBH | Crédito: REUTERS/Pilar Olivares

A Região Metropolitana de Belo Horizonte registrou o segundo mês consecutivo de deflação: em agosto, o IPCA apontou redução de 1,25%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  O grupo de Transportes apresentou a maior queda percentual, com a gasolina respondendo pelo maior impacto individual negativo no índice.

“A gasolina teve uma queda no preço de 17,88% em julho com a redução do ICMS. Em agosto, ela caiu 13,19%, agora por causa da redução dos preços nas refinarias, seguindo a cotação internacional. O etanol caiu também, 12,88%, mas a gasolina tem um impacto maior: em agosto, ele foi de 0,81 ponto percentual”, informou o coordenador da pesquisa do IPCA no IBGE Minas, Venâncio da Mata.

Ainda no grupo Transportes, houve uma queda expressiva das passagens aéreas, de 17,19%. “O que eu acredito que se deve à redução do preço do combustível de aviação, mas também à queda da demanda que acontece depois das férias”, apontou o pesquisador.

Alimentos e bebidas começam a baixar o preço. A queda no mês é de 0,71%, o que não acontecia há um bom tempo. Em julho, por exemplo, o segmento teve uma variação também de 0,71%, mas positiva. A redução teve a contribuição efetiva da queda dos preços do leite (-6,53%), óleo de soja (-8,47%) e tomate (-14,81%).

“Essa redução foi tão atípica que destoou da média nacional. Enquanto alimentos e bebidas ficaram 0,71% mais baratos na RMBH, eles tiveram um leve aumento de 0,24% no País”, destaca Venâncio da Mata.

Também contribuiu para a segunda deflação do ano a queda de 10,26% na energia elétrica, de 2,07% no gás de botijão e nos planos de telefonia fixa (-9,6%) e móvel (-2,75%). Mas o IBGE também constatou aumentos expressivos no preço da maçã (8,29%), do frango (3,73%) e do queijo (3,56%), entre outros. 

 O índice para a RMBH representou o segundo menor resultado mensal entre as dezesseis áreas pesquisadas. O primeiro foi contabilizado em Recife, onde o IPCA caiu 1,40%.  No País, a variação mensal foi de -0,36%. Já a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 7,58% na RMBH, o quarto menor resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, e de 8,73% no Brasil.

O acumulado de janeiro a agosto é de 3,14% na RMBH, o terceiro menor nas regiões metropolitanas, superior apenas ao índice de Porto Alegre (2,31%) e Goiânia (3%). No cômputo geral, cinco grupos apresentaram deflação: Transportes (-4,56%), Habitação (-2,54%), Comunicação (-1,40%), Alimentação e Bebidas (-0,71%) e Artigos de Residência (-0,08%). E três mostraram variações positivas: Vestuário (1,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,99%) e Despesas Pessoais (0,75%).

Ainda na RMBH, o condomínio aumentou 1,55% e o aluguel residencial 1,06%. Em alimentação fora do domicílio (0,84%), o lanche aumentou 1,34% e a refeição 0,53%. O transporte por aplicativo teve alta de 7,16%. Vilãs das escaladas anteriores de preço, a cenoura e a melancia tiveram baixas expressivas, de 13,36% e 19,84% respectivamente.

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