EDITORIAL | Todo cuidado ainda é pouco

12 de janeiro de 2022 às 0h30

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Crédito: REUTERS/Chalinee Thirasupa

Novamente os números relativos à Covid, causadora da pandemia que já dura quase dois anos, voltam a preocupar, agora por conta da cepa Ômicron, menos letal, tudo faz crer, porém com uma capacidade de multiplicação assustadora e suficiente para, em poucos dias tornar-se predominante em todo o mundo, Brasil inclusive. Hospitais e redes de apoio voltam a operar no limite e em Minas, conforme levantamento da Secretaria de Saúde, parcialmente reproduzido pelo DC, o registro de novos casos cresceu mais de 1.000% em menos de uma semana.

Como acentuado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a ameaça é bastante real e não há por que tratá-la como assunto de menor importância, mesmo que a letalidade seja bem menor, tudo indica. O fato é que os sistemas de saúde sofrem o impacto da demanda, que voltou a subir, provocando novamente restrições severas em alguns países europeus. E no Brasil também, cabe assinalar, sendo bastante lembrar que as festividades do Carnaval vêm sendo canceladas nos principais centros. Ou, mais enfaticamente, que meios científicos associam a situação atual, pelo menos em parte, às festividades de final de ano, além de um certo relaxamento com relação às ações preventivas. Resumindo e enfatizando, cuidados com a higiene, principalmente das mãos, uso de álcool gel e máscaras continuam sendo absolutamente essencial, além de maneiras mais efetivas de conter a contaminação.

Afinal, e conforme consta do relatório da Secretaria de Saúde, em apenas um dia, na semana que passou, foram registrados quase 5 mil novos casos, o dobro do registrado uma semana antes. No final de dezembro o registro diário de novos casos estava perto dos 400. E tudo isso, no caso, bastante agravado pela epidemia de influenza, especialmente no Centro-Oeste. Números absolutamente impactantes, lembra o secretário Fábio Baccheretti, mas que antes de gerar pânico devem sim mobilizar a consciência e a responsabilidade coletivas. Este é o ponto focal, a atitude que permite acreditar que assim como piorou rapidamente, o quadro geral tende a evoluir para melhor, desde que não haja qualquer relaxamento.

Também a cobertura vacinal, que depois de patinar nos primeiros meses do ano passado, evoluiu no segundo semestre para uma condição confortável, pesa muito nesse momento e não pode ser descuidada, seja no atendimento a crianças a partir de 5 anos de idade, seja na continuidade e aceleração da aplicação da terceira dose de reforço. São os fatos conhecidos, cujas implicações alcançam também as atividades econômicas, tendendo a impactar os resultados esperados para o ano que começa.

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