Marina Silva diz que Fundo Clima pode chegar a US$ 4 bi em recursos

Fundo Amazônia poderá chegar a R$6 bi

16 de janeiro de 2024 às 13h55

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Crédito: REUTERS/Amr Alfiky

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta terça-feira durante evento no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que o Fundo Clima do governo brasileiro pode saltar dos 2 bilhões de dólares em recursos atuais para 4 bilhões de dólares com um aporte do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento.

A ministra disse ainda que o Fundo Amazônia, voltado para ações de proteção da floresta, deverá chegar ao patamar de 6 bilhões de reais em recursos.

“O Fundo Amazônia quando nós retomamos, a partir de 2023, estava com 3 bilhões de reais. Agora já temos recursos (adicionais) da ordem de 3 bilhões de reais, o que fará 6 bilhões de reais”, disse a ministra.

“O Fundo Clima já conta com 10 bilhões de reais, 2 bilhões de dólares, e com a possibilidade do Banco Inter-Americano aportar mais 2 bilhões (de dólares), o que faria aí algo em torno de 20 bilhões (de reais) para investimentos de base sustentável.”

A ministra relatou que o Brasil tem atraído interesse de investidores e filantropos de todo o mundo e afirmou que o País está preparado para receber esses recursos tendo feito seu “dever de casa”.

“(O Brasil é) um País que tem grandes possibilidades de receber grandes investimentos e está preparado para isso, inclusive fazendo o dever de casa em relação à reforma tributária e a uma série de questões, com responsabilidade fiscal, mas sem abrir mão dos compromissos sociais, que são importantes e históricos na agenda dos governos do presidente Lula”, disse Marina.

Em sua fala em painel ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Saúde, Nísia Trindade, Marina também defendeu que o mundo precisa “colocar o pé no acelerador” dos investimentos em energias renováveis para combater os efeitos das mudanças climáticas.

Ela disse que esses investimentos devem ser liderados pelos países ricos, de acordo com o conceito de responsabilidades compartilhadas, mas proporcionais nos esforços para combater a mudança do clima, que leva em conta que os países tiveram maior contribuição histórica na emissão de gases do efeito estufa causadores do aquecimento global.

“Nós temos a partir da Conferência Climática das Nações Unidas (COP28)- realizada no final do ano passado nos Emirados Árabes Unidos- uma decisão corajosa depois de 31 anos de colocar na agenda discussão da transição para o fim do uso de combustíveis fósseis. Isso significa colocar o pé no acelerador das energias renováveis, que terão que ser triplicadas”, disse.

“Ao mesmo tempo, de forma responsável, mas sem deixar de compreender que o grande problema que estamos enfrentando é o da emissão de CO2 em função de uso de carvão, petróleo e gás, (discutir) como que a gente vai fazendo esse debate no mundo. O pêndulo dos investimentos vai para este lugar, que é o da criação de um novo ciclo de prosperidade, para que a gente possa ter segurança energética, segurança alimentar, continuar tendo empregos e vida digna para as pessoas”

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