Iphan destina R$ 217 mi para restauro de igrejas centenárias e museus em MG

Órgão aprovou a recuperação da infraestrutura cultural e turística de 54 espaços entre públicos e privados no Estado; saiba mais

21 de fevereiro de 2024 às 15h05

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Capela de Santo Antônio, em Conselheiro Lafaiete é uma das igrejas mineiras que aguardam respaldo do Iphan para ter restauro | Crédito: Arquidiocese de Mariana/Divulgação

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou a recuperação da infraestrutura cultural e turística de 54 espaços entre públicos e privados em Minas Gerais. O investimento dos imóveis tombados no Estado é de R$ 217 milhões até 2026.

Do volume total das obras previstas em Minas Gerais, 13 delas já foram iniciadas ainda em 2023, e 30 das intervenções previstas vão acontecer em igrejas centenárias mapeadas em sete cidades mineiras:

  • Belo Horizonte,
  • Congonhas,
  • Diamantina,
  • Mariana,
  • Ouro Preto e
  • Serro, na Região Central,
  • e São Joao Del Rey, no Campo das Vertentes.

“O Iphan tem muitos projetos para realização de restauros nas igrejas, e também em teatros e casarões. Minas Gerais é um Estado maravilhoso e gigante em patrimônio cultural, com um dos maiores números de bens tombados no País. São obras que reforçam a vocação do patrimônio arquitetônico e artístico nacional e que são também lugares de fortalecimento de identidade, de geração de renda e de educação para gerações atuais e futuras”, descreve o presidente do Iphan, Leandro Grass.

Segundo a especialista em preservação do patrimônio cultural da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Laura do Carmo, as intervenções são necessárias para proteger e conservar o patrimônio para as gerações presentes e futuras.

“Além do reabilitar desses edifícios, o critério é que esses imóveis continuem sendo utilizados pela comunidade, porém, com total segurança, qualidade e manutenção adequadas. Isso compreende o bem material de você contemplar o conjunto arquitetônico, mas também de fazer com que ele possa servir como equipamento cultural e bem imaterial em preservação da memória do espaço”, pontua Laura do Carmo.

Confira algumas das obras já aprovadas pelo Iphan:

Restauração da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina (Região Central)

O templo foi erguido entre 1760 a 1765 e se tornou um marco urbano do Centro Histórico de Diamantina. A igreja era um dos locais preferidos de visitação de Chica da Silva. Ela ainda se diferencia das demais por ser a única igreja da cidade que não possui uma torre frontal. Em seu interior, o teto, piso e colunas apresentam fissuras, deterioração e o descoloramento de pinturas.

Igreja de N. Srª do Carmo, em Diamantina | Crédito: Descubra Minas/Divulgação

Restauração da Capela de Sant’Ana, em Mariana (Região Central)

A capelinha em homenagem à avó de Jesus Cristo é uma das mais antigas de Mariana e sua construção foi finalizada em 1720. O local foi sede da Ordem de São Francisco até a construção da igreja no Largo do Pelourinho. A fachada principal passou por reformas e foi reconstruída em pedra pelo português João de Caldas Bacelar em 1799. Andaimes estão no interior da igreja para ajudar a sustentar a estrutura que está em risco.

Capela de Sant’Ana, em Mariana | Crédito: Descubra Minas/Divulgação

Restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Serro (Região Central)

A Igreja, com tombamento federal assim como as anteriores, é uma das maiores igrejas barrocas do Estado. Ela conta com torres em madeira e mais altas entre as igrejas coloniais mineiras. Foi edificada em 1713 sob embasamento de cantaria e paredes em pau-a-pique e taipa de pilão o que a torna uma das maiores edificações religiosas da arquitetura colonial brasileira. Devido à construção em madeira, a igreja luta contra a deterioração do equipamento por conta de cupins. Imagens e pinturas aguardam também por restauro.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Serro | Crédito: Monique Renne/Paróquia Nossa Senhora da Conceição

Recursos do Iphan para Minas são oriundos do Novo PAC

Segundo o órgão que é vinculado ao Ministério da Cultura, os recursos são do Novo Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (Novo PAC), que destinará R$ 700 milhões para a retomada, conclusão e execução de novas obras relacionadas ao Patrimônio Cultural brasileiro. Ao todo, 138 iniciativas receberão recursos para reformas e restauros em todas as regiões do País.

Para o triênio, outros R$ 37 milhões também estão previstos para novos projetos de arquitetura e engenharia voltados para a preservação e valorização de bens culturais em todo o Brasil. Serão 100 novos projetos para ações de restauro, conservação e promoção de bens culturais reconhecidos como Patrimônio Cultural. Os projetos estão sendo realizados pelos estados e pelas prefeituras com apoio técnico do Iphan.

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