Indústria calçadista quase dobra exportações

25 de novembro de 2021 às 0h29

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Grande parte dos embarques feitos de janeiro a setembro pela indústria de Nova Serrana teve como destino a América do Sul | Crédito: Divulgação

As exportações de calçados do polo de Nova Serrana cresceram 93,7% entre janeiro e setembro na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Os dados são do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova). Para se ter uma ideia, o faturamento gerado pelas exportações de calçados foi de US$ 14 milhões ante US$ 7,22 milhões no mesmo período de 2020.

O levantamento mostra ainda que grande parte dessas vendas internacionais ocorreram para a América do Sul. O presidente do Sindinova, Ronaldo Lacerda, está otimista em relação  aos resultados anuais das vendas externas. “Eu arrisco dizer que, este ano, as nossas exportações irão dobrar em relação a 2020. É uma convergência de fatores, tanto as empresas estão se preparando, buscando isso, como o mercado, os outros países, estão buscando o Brasil para a importação. Porém, o Brasil não cresceu 88% em relação à exportação do ano passado, mas o nosso polo (calçadista) cresceu. Este crescimento é em dólar”, pontuou.

Nos Emirados Árabes Unidos, Ronaldo Lacerda retomou os laços comerciais entre o polo de Nova Serrana e o Oriente Médio e a Europa. “Por causa da pandemia da Covid-19, houve uma diminuição nos negócios para essas regiões, e acabaram crescendo as exportações para a América do Sul. Agora, estamos retomando nossas vendas, adequando as necessidades dos clientes e com a novidade da abertura com um Centro de Distribuição (CD) em Dubai”, conta.

Lacerda explica que o projeto ainda está em análise. No país do Oriente Médio, o CD é disponibilizado através de aluguel de um espaço. O responsável pela Zona Franca de Dubai está cuidando do processo para oferecer a proposta e viabilizar o projeto. Ainda de acordo com Lacerda, não há prazo para o acerto do contrato.

Enquanto isso, as vendas diretas estão a todo o vapor e novos modelos estão sendo preparados para atender à clientela do Oriente Médio e Europa. “Grande parte das pessoas que moram nos Emirados Árabes são estrangeiros, claro que há muitos mulçumanos e grande parte deles usavam somente sandálias. Agora, por ser uma terra muito quente, muitos estão usando tênis, até porque é mais fácil de tirar para fazer as orações. Entre os sapatos femininos, as rasteirinhas são ainda o grande sucesso. E ainda tem a demanda da África do Sul”, detalhou.

As fábricas em Nova Serrana estão trabalhando a todo o vapor. De acordo com o Sindinova, a demanda para o fim de ano para o abastecimento das lojas para o mercado interno foi positiva e, para o mercado externo, ainda está em produção para a entrega no próximo ano. “Para o Natal, as entregas já foram feitas e tivemos um bom resultado no mercado interno. Para as exportações, as entregas vão acontecer até maio do ano que vem. Ainda temos a mudança de coleção de acordo com a demanda dos países”, acrescentou o presidente do Sindinova, Ronaldo Lacerda.

Empregos

Em relação aos empregos gerados, as indústrias da região não realizam contratações temporárias. As contratações são realizadas de acordo com a demanda das fábricas para as produções. O Sindinova não informou os números.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria de calçados de Nova Serrana contabiliza 1.747 admissões e 876 demissões. Os dados divulgados são de até setembro, quando o setor fabril da região geralmente  abre vagas para contratações na região.

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