Pesquisas e caracterização ajudam a valorizar queijo mineiro

Caracterização das regiões produtoras é uma das principais linhas de trabalho e envolve diversos órgãos do Estado

6 de novembro de 2023 às 17h12

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Queijo Paiol Velho | Crédito: Seapa/Divulgação

O queijo mineiro é econômica e culturalmente importante tanto para o Estado quanto para o País. Neste sentido, pesquisas para caracterização das regiões produtoras dos diversos tipos da iguaria mineira contribuem para valorizar o produto e melhorar a renda dos produtores.

Com mais de 30 mil famílias empenhadas na produção dos diversos tipos de queijos artesanais em Minas Gerais, cada região produtora imprime nos queijos sabores e aromas particulares, que caracterizam e diferenciam sua origem.

Caracterização e pesquisas

O processo de caracterização de região começa com um estudo feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), que resgata e identifica os aspectos históricos de produção, volume e famílias que se dedicam à atividade, além das características de clima, solo e paisagem da região.

Com a conclusão favorável do estudo, indicando que a região é produtora tradicional de queijo artesanal, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), também vinculado à Seapa, faz a publicação dos atos normativos específicos, com o reconhecimento da região produtora.

O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, unidade da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), dedicada aos estudos com leite e derivados, por sua vez, desenvolve diversos projetos relacionados aos queijos artesanais com o financiamento da Fapemig. 

Segundo o pesquisador da Epamig/ILCT, Junio de Paula, a pesquisa e os investimentos têm trazido retorno. “Essas famílias estão ganhando maior valorização e rendimento dos seus produtos na medida em que esses queijos ganham qualidade e projeção. Está sendo valorizada uma região, uma característica, um produto, uma tendência e uma cultura”.

Regiões caracterizadas

Em Minas Gerais, o modo de fazer o Queijo Minas Artesanal é registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Atualmente, o Estado possui dez regiões caracterizadas como produtoras deste tipo de queijo: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras de Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro.

Além delas, Minas também conta com cinco regiões caracterizadas como produtoras de outros tipos de queijos artesanais: Vale do Suaçuí, Serra Geral, Alagoa, Mantiqueira e Jequitinhonha.

*Estagiária sob supervisão da edição.

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