Estado busca intensificar as exportações de mel

7 de maio de 2021 às 0h29

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Minas Gerais é o quinto maior produtor de mel do País, com uma produção próxima a 4,2 mil toneladas anuais | Foto: João Medeiros

Com o objetivo de divulgar a produção mineira de itens apícolas e expandir as exportações, foi realizado, ontem, o evento on-line “Encontro Internacional da Cadeia Produtiva do Mel” com importadores de 24 países do Centro e Leste Europeu.

O evento, que foi realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) apresentou a produção, a diversidade e o potencial de Minas na comercialização dos produtos da cadeia produtiva do mel.

De acordo com os dados divulgados pela Seapa, a apicultura vem se desenvolvendo no Estado. Atualmente, a atividade envolve cerca de oito mil apicultores e conta com 150 associações. Minas Gerais é o quinto maior produtor de mel do País, com uma produção próxima a 4,2 mil toneladas anuais, respondendo por quase 10% da produção brasileira. O Estado reúne condições ideais para o desenvolvimento da apicultura, como o clima favorável e a diversidade da fauna e da flora, o que permite a produção de mel e própolis de alta qualidade.

Ao longo do evento, também foi ressaltado que quase 80% da produção mineira são de floradas nativas, que são bem variadas e geram uma produção com grande apelo comercial. Em Minas, temos o mel da florada de aroeira, de assa-peixe, da florada do café, pequi entre outras.

A secretária de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Soares Valentini, destacou que Minas já mantém negócios com os países participantes do evento, mas que é preciso avançar e incluir os produtos da apicultura, que são conhecidos pela diversidade e qualidade. 

“Minas já mantém uma relação comercial com a maioria dos 24 países participantes do evento. A pauta exportadora, apesar de diversificada e de abranger 56 itens diferentes, liderados pelo café, ainda não inclui os produtos apícolas. Além da grande variedade do mel, ainda temos a nossa própolis verde. Com todo esse potencial de qualidade e de diversidade, a exportação mineira de produtos apícolas cresceu 31% em 2020. Com o evento, mostramos nosso potencial aos mercados que ainda não são parceiros na cadeia produtiva do mel. É o início de uma caminhada próspera com fortalecimento do relacionamento com os países”, explicou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, destacou que a cadeia apícola de Minas é um motivo de orgulho para o governo estadual e apresenta boas oportunidades de negócios. 

“A cadeia apícola mineira é motivo de orgulho. Os produtos, além de presentes em todo o País, também estão presentes em diversos países do mundo e são reconhecidos pelo valor nutricional, medicinal entre outras propriedades que possuem. Com o evento, abrimos a oportunidade para que os países que ainda não são parceiros no setor conheçam a produção. É uma oportunidade de expandir nossa parceria”, disse. 

Certificação 

Ao longo do evento, também foi ressaltada a importância da certificação da produção, o que em Minas é feito pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

O subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, explicou que a certificação é uma garantia da qualidade e de uma produção sustentável.

“Em Minas, o governo tem uma política de certificação para o mel. Essa certificação tem como objetivo promover as práticas sustentáveis, de rastreabilidade e da melhor qualidade do mel. O processo é por adesão voluntária e são adotadas e avaliadas as boas práticas de produção, a adequação social e a responsabilidade ambiental”.

Dentre os países participantes, estavam importadores da Albânia, Bósnia, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Hungria, Macedônia, Noruega, Polônia, Sérvia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Bielo-Rússia, Bulgária, Estônia, Finlândia, Chipre, Grécia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Romênia e Ucrânia.

Mel de aroeira pode ter selo de IG até o fim do ano

A produção mineira de mel tem produtos muito especiais e com características de cada região produtora. Um dos destaques é o mel de aroeira, que já está em processo de obtenção da Identificação Geográfica (IG). 

O presidente da Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), Luciano Fernandes, explicou no evento que a expectativa é de que o selo de IG seja conquistado até o final do ano.  Além de atestar a qualidade e as características únicas do produto, a identificação agrega valor e contribui para a expansão do mercado. 

“Produzimos o mel de aroeira e estamos buscando a IG e a Identificação de Origem. O processo de IG está na última fase. Com este trabalho de identificação e rastreabilidade, tanto dos produtos como da produção, vamos oferecer mais garantia de qualidade e de procedência do mel para os mercados. Além disso, a identificação dificulta fraudes”, explicou. 

A produção do mel de aroeira no Norte de Minas está em torno de 300 toneladas ao ano, volume que deve ser expandido para 5 mil toneladas em cerca de 5 anos. Para isso, vários investimentos estão em curso na região produtora e no entreposto da cooperativa.

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